A Concha Acústica do Teatro Castro Alves, em Salvador, foi palco de celebração da luta e resistência do povo negro, nesta quinta-feira (17), em agenda que marca as celebrações do Novembro Negro da Bahia. O evento, que contou com show do bloco afro Ilê Aiyê e participação das cantoras Luedji Luna, Margareth Menezes e do Bando de Teatro Olodum, destacou os 15 anos de implementação de políticas afirmativas no estado a partir da criação da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi).
A titular da Sepromi, Fabya Reis, ressaltou o mês de novembro como ponto alto do calendário que é considerado emblemático pelas organizações negras para renovação de compromissos pela reparação e celebração de conquistas.
"A Bahia é uma referência de luta e inspira todo o Brasil sendo, no momento, o único estado a possuir uma secretaria destinada especificamente às políticas para a população negra. É hora de seguirmos em frente intensificando ainda mais os esforços com a sociedade civil e a integração de ações do Governo do Estado voltadas à equidade", pontuou.
Tradicionalmente o mês de novembro é marcado por amplas mobilizações no combate ao racismo, à intolerância religiosa e pela garantia dos direitos da população negra. Uma diversidade de organizações da sociedade civil e instituições realizam atividades na capital e no interior, cujo ponto alto é 20 de novembro, Dia Nacional da Consciência Negra.
Campanha
O Governo do Estado, através da Sepromi, desenvolve ao longo do mês a campanha que destaca a igualdade racial como política pública e os 15 anos de conquistas na garantia de direitos da população negra, dos povos e comunidades tradicionais.
Além de manter uma secretaria voltada exclusivamente para a reparação, com sistema próprio de financiamento, o estado conta com Estatuto da Igualdade Racial, cotas em concursos públicos, editais específicos, investimentos em infraestrutura, na educação e saúde com recortes étnico-raciais, equipamentos e serviços de combate ao racismo, colegiados em funcionamento, dentre outros avanços. A campanha tem como slogan
“Pela democracia, todas as vozes contra o racismo e todas as leis contra os racistas”.
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