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MÃE CARMEM CELEBRA 21 ANOS COMO YALORIXÁ DO TERREIRO DE GANTOIS COM HONRARIA NA CÂMARA E LANÇAMENTO

  • tiagoqs2
  • 30 de mai. de 2023
  • 2 min de leitura

Foto: Divulgação



Ela vai receber a maior honraria concedida a personalidades que contribuem para o desenvolvimento da cidade


A Mãe Carmen do Gantois será homenageada com a Comenda Maria Quitéria, da Câmara Municipal de Salvador, nesta segunda-feira (29), a partir das 18h30. A Comenda é a maior honraria concedida a personalidades que contribuem para o desenvolvimento da cidade. A entrega ocorrerá durante sessão solene no Plenário Cosme de Farias.


A homenagem marca também os 21 anos de Mãe Carmen como Iyalorixá do Terreiro de Gantois, localizado no bairro da Federação, em Salvador.

A honraria foi proposta pela vereadora Marta Rodrigues (PT), presidente da Comissão de Direitos Humanos e de Defesa da Democracia Makota Valdina, que vai homenagear a Mãe Menininha do Gantois com a Medalha Zumbi dos Palmares Post Mortem (póstumo).


Lançamento de livro

Também nesta segunda-feira, e ainda com parte das celebrações dos 21 anos de Mãe Carmen como Iyalorixá do Gantois, haverá o lançamento do livro "Awon Ona Jagun - Narrativas de Mãe Carmen de Osaguian". Em formato de livro ilustrado, a produção integra a Coleção Ancestralidade, Sabedoria e Trajetória, e será lançado na Câmara Municipal de Salvador, juntamente com a entrega da Comenda Maria Quitéria à Iyalorixá.


O trabalho contou com a produção artística do designer Breno Loeder e consultoria linguística em iorubá do Prof. Adinelson Akambi Odé e traz algumas histórias da vida de Mãe Carmen, desde o seu nascimento e percurso dentro do contexto das responsabilidades religiosas nos ritos do axé do Gantois, servindo de natural ensinamento dentro da comunidade-terreiro, em palavras que trazem emoção, encantamento e responsabilidade no desafio de "documentar" pilares e valores, e assegurar que os preceitos de matriz africana adentrem o futuro.

História do Gantois


No Gantois, com tradições da etnia egbá-alakê, Maria Júlia fundou a comunidade-terreiro em 1849, deixando um legado de formação jeje-nagô, repassado a Iyá Pulchéria e Mãe Menininha no século XX e, desde 2002, Mãe Carmen segue o caminho determinado de manter os costumes.


Seja através de contos, cânticos, provérbios ou fatos, os mais velhos "recontavam" vidas e memórias; eles sempre foram as "bibliotecas" do saber coletivo. Por gerações, dentro da perspectiva hereditária, atendendo à organização de linhagem consanguínea e sentido de identidade, o Gantois manteve esse ritmo sequencial histórico, chegando a Mãe Carmen, na contemporaneidade, ainda com a preservação de conhecimento litúrgico de seus antepassados.


Mãe Carmen do Gantois

Carmen Oliveira da Silva é uma contadora e funcionária aposentada do Tribunal de Contas do Estado da Bahia. Filha caçula de Mãe Menininha, Mãe Carmen de Oxaguian foi iniciada aos sete anos de idade, nasceu e cresceu dentro da Casa do Candomblé, e viveu grande parte de sua vida como Iyalaxé do Gantois.


Em 2002, após um chamado dos orixás, assumiu o trono como Ialorixá do Candomblé do Ilé Iyá Omi Asé Iyamasé - Terreiro do Gantois, na cidade de Salvador, Bahia, Brasil, quando assumiu o posto de Iyalorixá.


Ficha técnica do livro

Autoria: Tanira Fontoura, Tiago Coutinho, José Ricardo Lemos e Rubens Caldas
Capa, Ilustrações e Diagramação: Breno Loeser
Consultoria Religiosa: Iyá Kekeré Ângela Ferreira e Iyá Dagan Neli Cristina Oliveira
Consultoria Linguística: Prof. Adinelson Akambi Odé
Colaboração em Conteúdo: José Maurício Bittencourt
1ª. Edição, 38 páginas
Editora: Tecnomuseu
Inscrito na Fundação Biblioteca Nacional, com ISBN



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